sábado, 25 de abril de 2009

Há 35 anos


Em 25 de abril de 1974, Portugal pôs fim ao regime de Salazar e ao Estado Novo, que já durava 41 anos. Nesse dia, diversas unidades militares - comandadas e organizadas por oficiais do MFA (Movimento das Forças Militares) – marcharam sobre Lisboa, ocupando uma série de pontos estratégicos. As atos contaram com a colaboração da população, cansada da repressão, da censura, da guerra colonial e da má situação económico-financeira do país.

Em poucas horas, setores militares que supostamente apoiavam o regime renderam-se e juntaram-se à população e ao MFA.

O regime caiu.
Sem tiros.
Com cravos.

Em 2009, hoje, a chamada Revolução dos Cravos completa 35 anos. O nome tem uma razão graciosíssima. Uma moça que vendia flores pelas ruas começou a distribuir cravos para os soldados e para a população que tomava o centro de Lisboa. Com a flor espalhada pela multidão e até nas espingardas dos militares, o cravo tornou-se o principal símbolo do movimento. Gracinha, não?!



Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Bueno, bueno... Pouco tempo depois, a coisa degringolou... O que era pra ser exemplo, acabou saindo do controle (seja lá de qual controle estamos falando. E seja lá qual o conceito de ´controle´)... Mas a mudança estava feita e Portugal dava os primeiros passos rumo à formação da nação que conhecemos hoje. Mas, bem... o Chico teve que mudar a letra!

Essa história toda tem dois motivos: os 35 anos e a minha grande decisão acadêmica do semestre: a monografia!
Explico: minha monografia analisará a maneira como a imprensa brasileira tratou a Revolução dos Cravos - uma revolução democrática - enquanto o Brasil vivia a Ditadura Militar (e suas censuras).
(Beijo, Alceste!)

Estou achando uma delicinha!

Ahhh, cabe um esclarecimento aos gringos que lerão este post: monografia é o trabalho de fim de curso. Obrigatório e trabalhoso. Sim, uma delicinha...