sábado, 27 de dezembro de 2008

Nossa escada


Existem algumas coisas que podem ser engraçadas e irritantes ao mesmo tempo. Falta de timing é uma delas. Eu luto para manter o meu, mas às vezes não dá.

Pensando nisso, lembrei que nem todos conhecem a razão do nome ‘Setenta e Quatro Degraus’. E, mesmo depois de meses, eu não havia feito um - obviamente necessário - post explicativo.

Pois bem. Lisboa é aquela subida e descida da qual já falei. O apartamento em que eu morava ficava nas alturas! Se a Torre de Babel tivesse ido em frente, talvez a competição no quesito ‘Lá em cima’ fosse dura.

Para chegar em casa, era necessário encarar meia montanha e uma escadaria. E quantos degraus tinha essa escadaria?! Sim, pois é isso. Explicado está. Na verdade, a idéia de fazer um blog surgiu ali. (Vocês não imaginam o volume de informações e a quantidade de pensamentos surreais que passam na cabeça de um sujeito que precisa subir 74 degraus!)


Escadarias desse tipo são bem comuns. Ou melhor, escadas de todos os tipos são bem comuns por Lisboa, sobretudo nas ruelas. Nas ruas mais longas e mais íngremes, normalmente existem os elétricos (tipo bondinhos charmoso, bem comuns também) para quem ficar com preguiça ou achar que os membros inferiores não merecem tamanho sofrimento.

‘Nossa escada’, como já íntima, carinhosa e originalmente a chamávamos, quase nos matava todos os dias. Chegávamos sem fôlego, sem forças, sem perna e, muitas vezes, sem um pingo de dignidade (graças aos palavrões ditos em todos os tons e idiomas possíveis). A coisa se tornava ainda mais complicada porque os degraus não tinham o mesmo tamanho, então você não podia seguir um padrão e subir como se nada estivesse acontecendo. Era preciso estar super atento!

Mas como é preciso ver o lado positivo de tudo (ha-ha), a graça ficava em observar os objetos bizarros que surgiam do nada nos degraus. Já vimos cabeça maquiada de boneca (só a cabeça!), pares de tênis (diferentes, claro!), colete de guarda de trânsito (daqueles que brilham no escuro), armários, fatura de cartão de crédito, sofazinho, cadeira com perna, cadeira sem perna, cabide, mala cheia de roupas, banheira de bebê... Parece que português é criativo ao se livrar de coisas.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Passarinhos e B(b)rasa


Existem músicas que dispensam comentários... Mas essa não!

Essa quase exige comentários. Essa quase exige discussões. Essa, há muitos anos, quase implora por gritaria. O nome é Brasa, do Gabriel O Pensador com o Lenine. A letra é enorme e eu vou colocar aqui só alguns trechinhos. Os que me chamaram a atenção. Eles, sozinhos, talvez não despertem o verdadeiro sentido da música. Mas, então, sugiro que leiam a letra toda.

Um poeta já falou, vendo o homem e seu caminho:
"o lar do passarinho é o ar, e não o ninho"

E eu voei.


Eu passei um tempo fora, eu passei um tempo longe.
Não importa quanto tempo, não importa onde.
Num lugar mais frio, ou mais quente de repente,
onde a gente é esquisita (maravilha!), um lugar diferente.
Outra língua, outra cultura, outra moeda.

(...)

E eu voltei.

E eu passei um tempo bem (pfff), depois do meu retorno.
Eu e minha gente, coração mais quente, refeição no forno.
Água no feijão, tô na área, bichinho.
Se me derrubar... eu não tô mais sozinho (pfff).
Tô de volta, sim, senhor.
Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor.
Mas o amor é cego.



Os parênteses ficaram por minha conta.

(A ansiedade fica por minha conta. A má-criação fica por minha conta. O mau humor fica por minha conta. E a ironia disso tudo... fica por conta de tudo isso!)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Apendicezando


a.pên.di.ce

substantivo masculino (diminutivo: apendícula ou apendículo)

1- acessório; parte complementar de outra maior.
2- anexo que complementa uma obra bibliográfica.
3- pequeno órgão linfático parecido com o dedo de uma luva, localizado no ceco, a primeira porção do intestino grosso.


Falaremos aqui do número 3, pois já não tenho mais o meu.

A retirada se deu no último sábado, 13, de tardinha. Logo após uma dor desumana e uma bela dose de anestesia. Aliás, não faço idéia de quanto tempo leve desde o momento da aplicação até o efeito pleno do trem, mas são segundos de glória! Lembro que meu último pensamento foi “Isso tinha que ser comercializado! O mundo não pode ser privado dessa maravilha!”.

Hipocondríaca e neurótica que sou, passei o pós-operatório inteiro procurando informações sobre apêndice, apendicite e quaisquer correlações. Como boa parte do universo sabe, ainda não se tem uma idéia certa da utilidade do tal órgão. Isso não me alivia. Na verdade, me assusta, porque há até pouco tempo também achavam que amígdala era inútil.

Mas logicamente que nada disso teria a menor graça se o início não tivesse se dado de forma tão peculiar: durante uma festa de formatura. A dor veio depois de gritar ‘Bruna! Bruna! Bruna!’ umas trinta e nove mil vezes e beber um coquetelzinho com gosto de tudo, menos de coquetelzinho. Não, não há nenhuma relação. Foi apenas pra ilustrar...

Passei o fim de semana no hospital, sendo monitorada de tantos em tantos minutos, comendo pouco e reclamando pra sempre da agulhadas. Foram quatro. Qua-trô!


-A sua veia é muito fina... (sorrisinho gentil)
-Eu sei... (mau humor típico de quem sofrerá em iminência)
-É difícil de pegar... (sorrisinho gentil, mas já preocupado)
-Eu sei, já me disseram... (P....! Caral..! Buc...!)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Back (for good?)


A estadia em Lisboa chegou ao fim. Há pouco mais de dois meses, na verdade.

Antes disso, este blog já estava um tanto abandonado. E daí que eu podia ficar dando desculpinhas, culpando pessoas, afazeres... Mas é besteira.

Decidi que vou continuar com as minhas viagens. As internas e as externas. As públicas, as super públicas e as pouco públicas.

Esse primeiro post a la Retorno de Jedi vai ser só um ‘Olá’ meio descompromissado.
Também nele vou aproveitar para me utilizar de alguns sentimentalismos e cafonicezinhas e dizer que Echo de menos a todo; I miss everything; Ik mis alles; Tout me manque; Ich vermisse alles; Mi manca tutto... e estou morrendo de saudade!

(Pegaram que as cores são da bandeira de Portugal?! Heim? Heim?)

E o Brasil?! O Brasil vai bem, obrigada. O que não estava bom, permanece*. O que estava bom, continua*.

(*Amigos amantes do rigor técnico! Não se separa sujeito de predicado é regrinha básica. Mas não tem como não lançar a vírgula aqui. Que me perdoem os mais intransigentes. Ah, e o Google me disse que algumas gramáticas já admitem o uso, em nome da estética e do bom entendimento.)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Super Santos Populares


Em junho, os assuntos mais comentados são aqueles relacionados às Festas dos Santos Populares. Ok, talvez a Eurocopa esteja empatada este ano, mas, enfim, já dá pra ter uma idéia do quanto Santo Antônio, São João e São Pedro são bem vistos por aqui. Os três são os padroeiros de Lisboa, Porto e Sintra, respectivamene. As comemorações acontecem nas madrugadas dos dias 13, 24 e 29.

Aqui vale um parêntese do tipo ‘Saiba que...’ de canto de página de livro didático: o padroeiro de Lisboa, na verdade, é São Vicente, mas parece que não há grandes comemorações no seu dia...
Bueno, talvez o pobre não fosse tão carismático quanto o Antônio. Com todo o respeito.

Daí que perdi a conta do número de vezes em que ouvi frases do tipo “Essa é a melhor noite do ano em Lisboa”. De fato, a noite se transforma. Um mar de gente se espalha pelas ruas desiguais da capital portuguesa, que a essa altura já costuma estar com temperaturas agradáveis. O ponto mais importante da festa é a apresentação das Marchas Populares, as paradas realizadas na conhecida Avenida da Liberdade. Os bairros lisboetas competem entre si pelo desfile mais belo e animado. As fantasias e coreografias podem ter relação ou não com o bairro em questão. Em 2008 a vencedora foi Marvila.

(Sim, amigo brasileiro, eu também lembrei do Carnaval. Sim, eu também lembrei do Sambódromo. Mas, não, não rola um sujeito narrando as notas ao estilo “Es-ta-ção Pri-mei-ra de Man-guei-ra: dééz”.)

No fim das marchas, as pessoas continuam nas ruas, bebendo cerveja e comendo sardinha até que a energia se esgote (ou a bebida acabe, o que vier primeiro), principalmente em regiões mais antigas da cidade, como Alfama. Os jovens são grande maioria. Tanto portugueses quanto estrangeiros interessados na ‘melhor noite de Lisboa’. Há música por todo o lado e alguns grupos de dança tradicionais aproveitam para se apresentar.

Mas, é com lágrimas nos olhos e água na boca que reafirmo que, pra mim, festas juninas e afins sempre serão sinônimos de salsichão com farofa e churrasquinho com molho à campanha. E tenho dito!

Ahh, logicamente, sendo o bom e velho Santo Antônio conhecido pela capacidade de unir casais, um outro evento tradicional é o casamento coletivo, que acontece na Catedral da Sé de Lisboa e é promovido pela prefeitura no dia anterior.

domingo, 8 de junho de 2008

Men (and women) in black


E então que é dia do estudante às quintas-feiras. Numa primeira observação, nada de diferente acontece por isso. A não ser o uso dos curiosos trajes. Curiosos, logicamente, para mim, que não entendia o porquê de - do nada! - algumas pessoas estarem andando de preto pela faculdade.

Os trajes fazem parte da tradição acadêmica, algo bastante respeitado em grande parte das instituições daqui, especialmente as mais antigas. As universidades possuem uma ou outra diferença, mas as semelhanças são evidentes, sobretudo para leigos e recém-chegado.

A origem do traje vem das indumentárias religiosas, compostas por uma capa e uma batina. Convém lembrar que até o século XVIII era a Igreja que detinha o monopólio do ensino através da Companhia de Jesus (aula de história, ensino fundamental). Na verdade, hoje em dia os trajes são mais usados em dias de festas e afins...

Só quem está autorizado a usar um traje acadêmico é o veterano. Isso porque quem acaba de entrar na faculdade ainda é um simples ‘caloiro’, sem direitos, sem respeito, sem nada (e qualquer semelhança é mera coincidência). As regras e as peças - tanto para homem quanto para mulheres - são muitas, mas nem todas seguida.

Em cada traje existe uma quantidade de emblemas (símbolos) com uma hierarquia muito bem definida (o símbolo da cidade vem antes do símbolo da universidade e tal). E não é permitido usar acessórios e elementos que chamem atenção. Pinturas, brincos e pulseiras jamais (adorei!)... A idéia é que todos os ‘trajados’ estejam o mais uniformes possível.

Outro detalhe importante diz respeito à capa. Devem ser dobradas cuidadosamente, seguindo alguns princípios. Quando usada sobre os braços, a dobra deve parecer um rabo de bacalhau. Quando usada nas costas, o número de voltas tem a ver com o número da matrícula, com os anos de faculdade ou coisas do tipo. E o dono não deve se separar dela. Dizem até que em alguns lugares as capas não podem ser lavadas.

Confesso que ainda acho bastante pitoresco um grupo de estudantes vestidos de negro de cima a baixo, com uma capa dobrada no ombro. Principalmente quando está quente e a maioria das pessoas ‘não tradicionais’ e/ou ‘não acadêmicas’ está suando e se abanando. Nessas horas, por vezes minha estranheza dá lugar a quase uma admiração. Uma espécie de “eita, mas que disposição, amigo!”.

(Agradecimentos ao super prestativo estudante Carlos, segundo o qual “não há um pai sequer que não tenha orgulho em ver o seu filho trajado”)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Uns Pedros


A Praça do Rossio é um dos principais pontos de encontro do centro de Lisboa. A região é grande e aberta, com cafés, restaurantes e pequenas lojas ao entorno. E a movimentação é constante. Nos lados, existem duas fontes, com bordas para sentar e estátuas jorrando a água. No meio há um grande monumento, com uma pomposa imagem de D. Pedro IV no topo. Aliás, o nome já mudou – "Praça Pedro IV" –, mas a maioria ainda prefere chamar de Rossio. No entanto, é exatamente o Pedro IV que me interessa.

Os estudantes brasileiros – e nesse grupo estou incluída – só chegam até o segundo D. Pedro durante as aulas de história. Poucos sabem do que vem em seguida. Pois venho informar que o Pedro IV é o nosso bom e velho Pedro I. Sim, o sujeito que 1822 tornou o Brasil independente às margens do Rio Ipiranga. Honestamente, não sei até que ponto isso é de conhecimento geral na colônia, mas confesso que era um elemento histórico que totalmente ignorava até então.

Mas eis que surge algo muito engraçadinho durante as leituras e as conversinhas sobre o Rossio. Conta uma lenda urbana lisboeta que, na verdade, a estátua do topo do monumento principal não é do Pedro, mas sim do imperador Maximiliano do México. Existem algumas teorias para o fato, mas a minha preferida é a de que foi feita uma encomenda de uma grande estátua do tal Maximiliano. Acontece que no momento em que estava no porto de Lisboa descobriu-se que o imperador já estava morto (assassinado, creio), e, portanto, a 'homenagem' não fazia mais sentido. Sem perder tempo, os portugueses ficaram com a estátua e a expuseram como de D. Pedro IV na praça. (Ao estilo ‘pra que ter trabalho se alguém já teve?!’) Logicamente, todo o processo foi facilitado pela semelhança entre os dois, como pode ser conferido aqui e aqui.

Comentário pessoal: bem, a semelhança é contestável, claro. Considerando que a moda européia entre os monarcas da época não era muito diversificada, fica fácil dizer que os imperadores fulano e beltrano eram i-guai-zi-nhos... Ou não?!

Até agora a história não foi comprovada. A maior parte dos estudiosos acredita ser realmente apenas mais uma lenda que ganhou força ao longo dos anos. De qualquer forma, é reverenciável (sem trocadilhos) que a dúvida ainda exista. Polêmicas à parte, é preciso concordar que a idéia foi boa. E funcional.

Quem não deve ter gostado muito foi o D. Pedro. O I e/ou o IV.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Láá embaixo


Talvez porque o metrô do Rio de Janeiro tenha – infelizmente – um papel meio secundário na vida dos cidadãos, desenvolvi um certo apego pelos transportes subterrâneos. Em Lisboa são quatro linhas: amarela, azul, verde e vermelha, num total de 46 estações. (Aliás, não consigo deixar de pensar em qual cor seria uma possível quinta linha. Eu chutaria laranja. Mas não descartaria o cinza, por exemplo. Opinem, por favor...)

Daí que sou apaixonada pela estação Parque, que fica na linha azul. Como algumas outras, essa possui um projeto artístico super bonito e original. Pra contextualizar: a inauguração aconteceu em 1959 e fez parte do grupo das onze primeiras estações da Rede do Metropolitano de Lisboa. Mas foi na década de 90 que se tornou o que é hoje, devido a um projeto de valorização estética feito por duas artistas, a francesa Federica Matta e a belga Françoise Schein. Essa última estampou uma frase que resume bem todo o trabalho: "Estas imagens são símbolos e representam idéias maiores que elas próprias".

A temática que mais chama a atenção certamente tem a ver com a expansão e os descobrimentos portugueses. No saguão principal – ou seja lá como é o nome dessa parte – existem pinturas e mapas de regiões da África, da América e do Oriente, separados por espaços retangulares numerados. O Brasil está no 24. E tem uma ilhazinha chamada Isabella no 20.

Toda a estação é revestida de azulejos que tem o azul como cor predominante. Além disso, existem frases e pequenos textos espalhados por todos os lugares. As frases tem relação com os Descobrimentos e com a Declaração Universal do Direitos do Homem, pois a estação faz parte de um programa da União Internacional de Transportes Públicos (UITP) que visa à inscrição dos artigos da Declaração em locais públicos. E é uma graça!

Parênteses: eu fico imaginando quantas pessoas não devem ter roubado uma meia dúzia dessas frases pra colocar no 'About me' do Orkut (ou semelhantes) e no Messenger.

E aqui metrô é metro. Paroxítona.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Colinas e Serpentes


Lisboa é a cidade das Sete Colinas. Qualquer pessoas que passe algumas horas por aqui verá menções sobre isso em vários lugares. Assim como Roma, a cidade foi fundado sob sete colinas – Castelo, São Vicente, São Roque, Santo André, Santa Catarina, Chagas e Sant'Ana – e parece ter ganhado essa fama a partir do "Livro das Grandezas de Lisboa", escrito por Frei Nicolau de Oliveira no século XVII.

Mas, passeando
por aí, encontrei uma historieta mais interessante envolvendo as colinas.

“Conta a lenda que antigamente existia aqui um reino chamado Ofiusa e que era governado por gigantescas serpentes. A rainha das serpentes era meio mulher e meia serpente mas em nada era tenebrosa. As suas graças e jeitos eram de menina e um poder de sedução incrível. Esta era a arma que usava para enfeitiçar todos os que aportassem no seu reino.


Diz-se que num belo dia, nas suas longas viagens, o herói Ulisses e seus companheiros ancoraram neste porto, à beira Tejo. A rainha apaixonou-se imediatamente por Ulisses e tinha intenções de o manter no reino e desposá-lo. Ulisses fingiu corresponder ao seu amor para que nem ele nem os seus companheiros viessem a correr perigo de morte e para que se pudessem abastecer com mantimentos para a viagem.

Assim que conseguiram reunir todo o material necessário para a viagem, Ulisses ludibriou a rainha e fugiu em direcção ao mar alto. Enraivecida e enganada, a rainha lança-se numa tentativa desesperada para alcançar o seu amado e, o mais depressa que a sua cauda o permitia, foi serpenteando até ao mar. Porém, a rainha serpente nunca alcançou Ulisses.

Ainda hoje podemos ver as marcas deste tão desconcertante encontro: As sete colinas de Lisboa que se dirigem todas para o mar em busca de um eterno amor...

Madalena Rodrigues”



Dúvidas:

1) se a tal serpente tivesse encontrado o Ulisses, o que teria feito? Pedido pra voltar? "A gente ainda pode ter uma chance, vamos tentar!"

2) ela ta ‘serpenteando’ (bela palavra) até agora? Ou desistiu quando viu que o sujeito era um grande moleque? Se bem que tem mulher que gosta...


Reflitamos sobre o tema.


terça-feira, 22 de abril de 2008

Round one... fight


Nada como fazer parte de um grupo… Pois bem, desde que cheguei a Lisboa já vi inúmeros jornalistas (ou não) que moram em países estrangeiros e decidiram contar suas impressões ou até escrever notícias em blogs pessoais. Acho interessante. Mesmo. Interessada em viagens e afins, consumo tudo que posso sobre… viagens e afins!

E esses dias, no meio de uma aula, pensei em fazer o mesmo. Já antecipo que tenho total consciência da falta de originalidade e da quantidade inesgotável de blogs possivelmente existente sobre Lisboa, mas não tenho o menor problema em fazer parte de algum grupo. Aliás, também não tenho problemas com clichês bem colocados, coca cola de manhã e música brega, por exemplo. O que me deixaria na lista negra de boa parte dos cidadãos de bem que conheço. Fazer o quê?!

Vejamos. Estou na capital portuguesa há pouco mais de dois meses. Vim para estudar através de um intercâmbio entre a minha faculdade no Brasil e algumas faculdades européias. Fiz questão de conhecer o básico sobre o atual jornalismo português antes de sair da colônia. Em vão. Logo nas primeiras semanas percebi que era uma leiga total e que lidar com a coisa seria tão divertido quanto trabalhoso. ÓPtimo!

Talvez o pobre blog tenha vida curta. Nunca se sabe... É aguardar e conferir!